O Mercado Livre de Energia elétrica tem ganhado destaque no Brasil como uma alternativa viável e vantajosa para os consumidores e para o país como um todo. De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), atualmente ele representa cerca de 37% de toda a energia elétrica consumida aqui.

Com a expansão programada para janeiro de 2024, permitindo que todos os consumidores de alta-tensão (Tarifa do Grupo A) possam fazer parte do Ambiente de Contratação Livre (ACL) e escolher seu fornecedor de energia elétrica, independentemente da demanda de consumo, espera-se um crescimento ainda maior dessa modalidade.

Essa medida representa um marco significativo na busca por maior competitividade, eficiência e liberdade de escolha, principalmente para as empresas que consomem grandes volumes.

Quer saber mais sobre esse mercado, suas vantagens, papel na diversificação da matriz elétrica e sobre a abertura prevista para o próximo ano? Então, continue neste post!

O que é o mercado livre de energia?

O mercado livre de energia é um ambiente de negociação no qual os consumidores podem escolher livremente seus fornecedores e negociar os preços da energia elétrica. Diferentemente do modelo tradicional do mercado regulado, no qual as concessionárias são as únicas fornecedoras, o mercado livre permite a livre concorrência, criando um ambiente mais dinâmico e competitivo.

Atualmente, o acesso ao Mercado Livre de Energia é restrito aos consumidores de média e alta-tensão, geralmente grandes comércios ou indústrias, que possuam uma demanda contratada igual ou superior a 500 kW.

É possível somar o consumo de mais unidades consumidoras de mesmo CNPJ raiz ou de empresas de CNPJ distintos e situadas em áreas próximas, desde que a somatória das demandas contratadas seja no mínimo 500 kW. Nesses casos é preciso consumir energia apenas de fontes chamadas de incentivadas, como a solar fotovoltaica.

Nesse sistema são feitos dois contratos, um com a distribuidora, pelo uso do fio, e outro com a geradora ou comercializadora, pela compra de energia. 

No entanto, a partir de 2024, essa restrição será eliminada para os consumidores de alta-tensão, permitindo que empresas de todos os portes e segmentos tenham acesso a ele.

Benefícios para os consumidores

Uma das principais vantagens do mercado livre de energia para os consumidores é a possibilidade de escolher fornecedores com base em critérios como preço, origem da energia (renovável ou não) e qualidade do serviço. Isso proporciona maior flexibilidade e autonomia, permitindo aos consumidores personalizar suas demandas de acordo com suas necessidades e valores.

Além disso, a competição entre fornecedores no mercado livre geralmente resulta em preços mais competitivos, incentivando a eficiência e a redução de custos. Os consumidores também podem firmar contratos de longo prazo com os fornecedores, garantindo estabilidade e previsibilidade nos preços da energia.

Já para os produtores de energia, o mercado livre oferece a oportunidade de acessar um número maior de clientes, aumentando suas receitas e expandindo seus negócios. A livre concorrência estimula a inovação e a busca por fontes de energia mais sustentáveis, impulsionando a transição para uma matriz energética mais limpa e renovável.

Além disso, o Mercado Livre de Energia permite que os produtores estabeleçam contratos de longo prazo com os consumidores, o que garante uma demanda estável e previsível. Isso viabiliza investimentos em projetos de energia mais complexos e de longo prazo, como usinas solares e eólicas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor energético. 

Abertura do mercado livre de energia

Em 2022, o Ministério de Minas e Energia (MME)  publicou a Portaria 50/2022, permitindo que qualquer consumidor do Grupo A possa comprar energia elétrica com qualquer supridor. De acordo com o Ministério, com a abertura para todos os consumidores de alta-tensão, a partir de 2024, cerca de 106 mil novos consumidores deverão aderir à modalidade nos próximos anos.

Essa mudança é particularmente relevante para as indústrias e elas já estão atentas a isso, como mostra uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que revelou que 56% das empresas que atualmente estão no mercado regulado desejam migrar para o mercado livre assim que a abertura acontecer.

Esse movimento é impulsionado pela busca por uma maior competitividade, pela redução de custos e pela flexibilidade na gestão energética.

Enquanto se aguarda por essa abertura, as empresas já podem começar a se informar e se preparar para ela. A migração para o Ambiente de Contratação Livre precisa seguir alguns requisitos e adaptações, que levam tempo para serem ajustados.

Para auxiliar nesse processo, a SV Gestão, empresa do Grupo Solar Vale, está disponível para atender os consumidores que já se enquadram nos requisitos para serem consumidores livres e aqueles que farão parte desse grupo a partir do ano que vem.

Com expertise e experiência no mercado de energia, a SV Gestão oferece suporte especializado, auxiliando os consumidores em todas as etapas da migração, desde a análise de viabilidade até a gestão dos contratos de energia.

Transição para uma matriz energética sustentável

A expansão desse mercado é um passo importante na transição para uma matriz energética mais sustentável. A possibilidade de escolher fornecedores de energia renovável promove a demanda por fontes limpas, incentivando a expansão das energias solar, eólica, hidrelétrica e outras formas de geração mais amigáveis ao meio ambiente.

Além disso, o mercado livre estimula a eficiência energética, uma vez que a competição entre fornecedores incentiva a busca por soluções mais econômicas e menos intensivas em carbono. A maior flexibilidade e personalização disponíveis para os consumidores também contribuem para a conscientização e o engajamento em relação às questões energéticas e ambientais.

Quer saber mais sobre o Mercado Livre de Energia e se é viável para a sua empresa? Entre em contato que podemos ajudar!